Antes de entrarmos no assunto de gerenciamento de dispositivos móveis MDM, uma pergunta: qual foi o primeiro smartphone do mundo? Certamente alguns de vocês podem dizer que foi o iPhone, e não estariam errados. É sabido que o dispositivo da Apple foi responsável pela explosão de mobilidade nos últimos 15 anos.

Porém, o primeiro dispositivo móvel foi o Simon, criado pela IBM em 1983. Este aparelho tinha a função dupla de telefone e interface para envio/recebimento de emails e fax. Então, ele combinava as características fundamentais de um smartphone: capacidade de transmitir e receber dados e voz, em qualquer lugar, sem fios.

Veja a seguir como se deu a evolução dos dispositivos móveis no ambiente corporativo e de que forma as novas tecnologias impactaram o setor de gerenciamento dos dispositivos móveis nas organizações. Confira!

Os smartphones no ambiente corporativo e o impacto no gerenciamento de dispositivos móveis MDM

Basicamente, a história dos dispositivos móveis corporativos passa pela Blackberry, com o lançamento do modelo 5810, com teclado físico QWERTY. Desde então, a mobilidade corporativa encontrou uma base confiável para crescer e se popularizar.

Porém, vamos voltar ao iPhone, lançado em 2007. O Android foi lançado logo em seguida, criando assim uma disrupção na mobilidade corporativa e pessoal (informação importante para mais tarde, quando chegarmos em BYOD).

Desde que estes sistemas operacionais e seus dispositivos foram lançados, o número de smartphones no mundo saltou de 122 milhões para 1.5 bilhões. São mais de 100 milhões de smartphones ativados por ano, criando o primeiro desafio da gestão de dispositivos móveis: o crescimento exponencial.

Em seguida, adicione a essa massa de smartphones o surgimento de outros dispositivos móveis: primeiros PDAs, usados em grandes empresas e também em negócios como restaurantes, mercados, e outros, trazendo mobilidade para mais setores da economia.

Logo após, com a chegada dos tablets, as empresas viram seu inventário de mobilidade duplicar ou triplicar do dia para a noite, e a gestão de dispositivos móveis ficou ainda mais complexa.

Bring Your Own Device (BYOD)

Obviamente, esta explosão de dispositivos móveis foi puxada pelos dispositivos de uso pessoal. Smartphones traziam vídeo, música, emails, redes sociais, perfeito para o uso além das fronteiras corporativas. Mas não se tratava apenas disto.

Com a economia de escala, o barateamento de componentes e a demanda ampliada, o smartphone de ponta era igualmente acessível para qualquer pessoa.

Se meu aparelho pessoal é tão bom quanto o corporativo, por que não usá-lo no trabalho? Muitos profissionais gostaram da idéia de exercer esta opção. Além disso, as empresas gostaram de garantir eficiência sem fazer investimentos. Dentro da gestão de dispositivos móveis, este movimento ganhou o nome de BYOD (Bring Your Own Device, ou “Traga Seu Próprio Dispositivo”).

Sendo assim, a gestão de dispositivos móveis ganhou ainda mais complexidade, tendo que harmonizar aparelhos pertencentes à empresa e aparelhos pertencentes aos colaboradores.

Introdução ào Gerenciamento de Dispositivos Móveis MDM

Com mencionamos anteriormente, o gerenciamento de dispositivos móveis normalmente envolve dois grandes desafios:

• O crescimento constante de smartphones, tablets e outros recursos.
• Bring Your Own Device: como garantir uma experiência de uso corporativo, independente de quem possui o recurso.

Estes dois desafios se desdobram em muitos outros, mas vamos começar pelo básico. O Gerenciamento de Dispositivos Móveis MDM envolve um serviço centralizado e integrado de gerenciamento de dispositivos móveis, fornecendo controles de segurança e informações, provisionamento remoto, bloqueio e gestão de aplicativos, inventário, política de uso e geolocalização. Vamos ver em um pouco mais de detalhe cada um desses itens.

Serviço centralizado e integrado em MDM

O MDM tem como um de seus objetivos aumentar a visibilidade dos recursos, independente de modelo/sistema operacional ou operadora. Sendo assim, uma plataforma que centraliza todas as informações da organização, integrando cadastros de usuários, filiais, dispositivos torna-se indispensável para melhores resultados.

Mais do isso, com a integração das informações sobre seus ativos móveis em um só lugar, é possível ter um maior controles sobre como estes recursos estão sendo utilizados na rotina operacional da empresa, quem os utiliza e ainda lhe permite buscar meios de extrair todo o potencial possível dos seus dispositivos móveis em prol da melhoria na comunicação e crescimento da empresa.

Política de uso em MDM e controles de segurança/informações

A compatibilidade da plataforma de MDM com qualquer sistema operacional ou dispositivo é fundamental para aplicação de políticas de uso. Por isso, as políticas de uso são um item anterior a qualquer tecnologia de MDM.

Por exemplo, vamos dizer que sua empresa quer se proteger contra apps maliciosos, ou que você quer ter o controle de quais aplicativos devem ser instalados nos dispositivos móveis. Uma política clara, definida por hierarquia, departamento e tipo de usuário é base da parametrização de MDM.

Outro exemplo envolvendo BYOD: uma política de uso de dispositivos próprios define tipos de smartphones e tablets aprovados para uso, quais usuários estão autorizados a participar e quais dados/apps podem ser acessados.

Com a política estabelecida, a parte de controle de segurança e informações fica simples de entender. Uma plataforma de gerenciamento de dispositivos móveis MDM assegura de forma automatizada que estas políticas sejam cumpridas, e tem o poder de coibir quaisquer desvios, de um a vários dispositivos simultaneamente.

Provisionamento remoto de MDM

Importante para garantir a agilidade corporativa, um projeto de MDM deve oferecer a novos usuários/dispositivos o onboarding dos aplicativos corporativos e a inclusão do dispositivo nas políticas de uso sem precisar entregar o aparelho fisicamente.

Para isso, a atividade de provisionamento remoto deve fazer parte do plano de MDM. Dessa forma, o usuário faz o download de um pacote pré-montado de aplicativos necessários para a execução de suas funções em um portal self-service (lembremos aqui da política segmentada por departamento, usuário, tipo de uso).

Adicionalmente, a ativação remota inclui o dispositivo nas políticas de uso corporativas, sem nenhum envolvimento humano e automaticamente.

Bloqueio e gestão de aplicativos

Aqui, um projeto de MDM garante a política corporativa por meio da liberação, bloqueio de apps, bem como a criação do conjunto básico de aplicativos.

Mais uma vez, as definições segmentadas por empresa – departamento -usuário permitem flexibilidade e automação. Um departamento de marketing e um departamento de compras possuem necessidades em comum de apps (ERP, por exemplo), mas possuem apps particulares à atividade: TikTok pode fazer sentido para o marketing, mas não para compras.

As decisões de bloqueio e liberação de apps cruzam com os objetivos de produtividade da equipe e de economia de despesas no uso dos recursos. Por isso, um projeto de MDM traz a aplicação automática e personalizada de perfis para garantir estes objetivos.

Controle de inventário

O controle de inventário em MDM se divide em duas rotas. Primeiramente, os cadastros de inventário devem não somente estar atualizados, mas esta atualização deve acontecer em tempo real, de acordo com o ciclo MACD (mudança – adição – troca – desligamento). Somente assim é possível realizar a aplicação das políticas de uso dentro de MDM de forma correta e sem pontos cegos de gestão.

Um cadastro de inventário bem feito é completo em dispositivos e usuários. Nos dispositivos, informações como marca, modelo, IMEI, sistemas operacionais e outros devem ser casados com informações e usuário, como nome, departamento, cargo, filial e outros.

Em seguida, o controle de inventário ocorre no gerenciamento remoto dos dispositivos. Já falamos do controle de aplicativos e dados, mas este inclui também ferramentas de segurança, como bloqueio à distância em caso de perda ou roubo e até mesmo o wipeout, quando todas as informações do dispositivo são apagadas.

Esta camada do controle de inventário garante segurança em uma das pontas mais críticas dos processos de MDM. Sabemos que existem algumas ações do usuário que podem ajudar em segurança na hora de perda ou roubo (falamos delas aqui), mas o controle centralizado assegura um processo virtualmente sem falhas

Principais vantagens do gerenciamento de dispositivos móveis MDM

Resumindo o que falamos até agora, identificamos as seguintes vantagens em uma implantação correta de MDM na empresa:

• Visibilidade de todas as informações de gestão de dispositivos móveis, dos aparelhos aos aplicativos e dados que circulam nestes, passando pelos usuários da organização.
• Camadas adicionais de segurança, permitindo mobilidade sem comprometer recursos e informações confidenciais da empresa.
• Políticas de uso claras e transparentes, facilitando processos de negócio.
• Custos evitados por desperdício de recursos corporativos. Já falamos sobre algumas regras de ouro para reduzir despesas neste artigo.
• Rapidez no onboarding de novos colaboradores, por meio de rollout automático de aplicativos alinhados com cargo e departamento, 24x7x365.
• Redução do stress operacional em processos MACD, assim facilitando a gestão do ciclo de vida do dispositivo e usuário.
• Aumento da produtividade corporativa, por meio da pré-definição de aplicativos e informações permitidas e bloqueadas por níveis de usuário.
• Redução de horas operacionais com processos automatizados, liberando equipes de TI para tarefas estratégicas e de maior valor agregado.

Que tal desenhar seu processo de MDM?

Este artigo trouxe muita informação para você, mas também despertou muitas dúvidas e questionamentos. Traga suas dúvidas para a gente, vamos conversar sobre o perfil de uso e controle de dispositivos móveis da sua empresa. Queremos lhe ouvir e colocar nossa experiência no assunto para seu benefício. Fale agora mesmo com um de nossos consultores e sabia como podemos ajudar sua empresa a melhorar sua gestão de mobilidade corporativa de forma eficiente e estratégica.